Ficciones de naturaleza: científicos, indios y activistas

Abstract

[Resumen] En este artículo nos centraremos en lo que hemos dado en llamar «ficciones de naturaleza», esto es, el conjunto de dispositivos, prácticas, técnicas y narraciones a través de las cuales la naturaleza es construida, representada, reclamada e imaginada. Será a través de los sucesivos procesos de ensamblaje y reensamblaje de estos compuestos que la naturaleza adquirirá su dimensión política, ficcional y performativa, deviniendo un recurso retórico, mitológico y epistémico con el que entablar una negociación con el mundo. A partir de la selección de tres figuras paradigmáticas (científicos, indios y activistas), nos proponemos explicar dichas ficciones mediante una metodología cualitativa, basada en la revisión bibliográfica y la discusión teórica. Combinando el análisis historiográfico y el antropológico, explicaremos cómo la ficción penetra y nutre el campo científico, atenderemos a los procesos de naturalización de lo indígena y rastrearemos las poéticas y las políticas de la naturaleza en el activismo contemporáneo.

[Abstract] This work focuses in what we have called “Nature fictions”, that is, the set of devices, practices, techniques, and narratives through which Nature is constructed, embodied, reclaimed, and imagined. Through successive processes of assemblage and re-assemblage of those compounds Nature acquires its political, fictional, and performative dimension, thus becoming a rhetoric, mythological, and epistemic resource with which we bargain with the world. Beginning with the choice of three paradigmatic figures (scientists, Indians, and activists), we intend to explain those fictions through a qualitative methodology, based on bibliographical revision and theoretical discussion. By combining historiographic and anthropological analysis, we will explain how fiction penetrates and nourishes the field of science, we will attend to the processes of naturalization of the indigenous, and will track Nature poetics and politics in contemporary activism.

[Resumo] Neste artigo nos centramos naquilo que chamamos de «ficções da natureza», isto é, um conjunto de dispositivos, práticas, técnicas e narrativas por meio dos quais a natureza é construída, representada, reivindicada e imaginada. Será mediante os sucessivos processos de montagem e remontagem desses elementos que a natureza adquirirá sua dimensão política, ficcional e performativa, tornando-se um recurso retórico, mitológico e epistêmico com o qual se faz uma negociação com o mundo. A partir da seleção de três figuras paradigmáticas (cientistas, índios e ativistas), propomos explicar essas ficções mediante uma metodologia qualitativa baseada na revisão bibliográfica e na discussão e análise historiográfica e antropológica. Explicaremos, portanto, como a ficção penetra e nutre o campo científico; abordaremos os processos da naturalização do indígena e rastrearemos as poéticas e as políticas da natureza no ativismo contemporâneo.